segunda-feira, 2 de maio de 2011

Até onde vai a perfeição?

Como nos passos do balé, como na vida real, o ser humano busca pela plenitude da perfeição de forma, muitas vezes, obsessiva, maníaca. Os passos largos que damos em busca de aperfeiçoamento pode nos levar ao precipício da loucura, assim como para a culminante hora da morte. Assistindo ao filme Cisne Negro podemos ter o verdadeiro sublime do qual se busca em uma obra de arte. Falando sobre a loucura obsessiva pela perfeição, o filme trata de uma jovem que surta ao buscar os passos perfeitos para o Lago dos Cisnes. Para interpretar o cisne negro ela precisa libertar-se das amarras de seu pudor e do controle doentio da mãe terminando sua busca na loucura esquizofrênica.
                A identificação com o filme faz lembrar a nossa própria vida perante os desafios que devemos enfrentar desafios que, caso não sejam dosados, nos levariam à loucura, será que tal perfeição existe? Esta pergunta nos renderia folhas e folhas de uma dissertação, levando até ao desenvolvimento de uma filosofia. Como afirma Aristóteles: devemos encontrar o meio termo virtuoso e mais, como afirma Aristóteles, o homem é um ser em potência, devir. Neste sentido, onde está a perfeição? Isto seria relativo se fossemos pensar que a perfeição é para cada ser algo inerente a sua vida tem a ver com os seus propósitos, ou seja, será que há realmente a perfectibilidade absoluta? Se há talvez a encontremos em algo sublime, talvez a arte, cuja explicitação só ocorre no momento da contemplação, da experiência estética, mas isto é um ponto de vista. Se há perfeição ela deve ser encontrada dentro de cada um de nós de maneira sadia. A perfectibilidade pode nos levar a mundos obscuros, onde nem nós mesmos sabíamos que existia. Se há perfeição? Bem, não podemos responder! Se há perfeição...

By Karoline Silva

Quem é Karoline?

Karoline Silva é Técnica em Vestuário, formanda em Design de Moda e Filosofia. Trabalhou em algumas fábricas de lingerie, incluindo a antiga fábrica de seus pais, que hoje já não mais a possuem. Desde muito cedo aprendeu a costurar, aos 7 anos já traçava seus primeiros passos com uma agulha e retalhos cortados por sua avó Ercília (em memória), a quem Karoline dedica todo esforço e sucesso. Participou de alguns concursos de moda, dentre eles o Moda Íntima Ceará e a Olimpíada do Conhecimento, evento nacional de design promovido pelo SENAI, representando o Ceará em sua categoria. Com veia artística, Karoline também possui paixão pelo teatro, onde desenvolveu figurinos para a peça teatral “Preciso dizer que te amo”, apresentada no Teatro José de Alencar, peça que rendeu três temporadas durante o ano de 2009 e 2010. Karoline ainda faz parte de um grupo de afoxé, tocando percussão. Como trabalho intelectual, além das coleções desenvolvidas, ela também escreve sobre a Moda em uma concepção filosófica, sociológica, psicológica e política, sempre com o olhar de pesquisadora. Esta Designer de Moda atua no segmento de moda íntima desenvolvendo seu trabalho com paixão e muita competência.