segunda-feira, 2 de maio de 2011

Até onde vai a perfeição?

Como nos passos do balé, como na vida real, o ser humano busca pela plenitude da perfeição de forma, muitas vezes, obsessiva, maníaca. Os passos largos que damos em busca de aperfeiçoamento pode nos levar ao precipício da loucura, assim como para a culminante hora da morte. Assistindo ao filme Cisne Negro podemos ter o verdadeiro sublime do qual se busca em uma obra de arte. Falando sobre a loucura obsessiva pela perfeição, o filme trata de uma jovem que surta ao buscar os passos perfeitos para o Lago dos Cisnes. Para interpretar o cisne negro ela precisa libertar-se das amarras de seu pudor e do controle doentio da mãe terminando sua busca na loucura esquizofrênica.
                A identificação com o filme faz lembrar a nossa própria vida perante os desafios que devemos enfrentar desafios que, caso não sejam dosados, nos levariam à loucura, será que tal perfeição existe? Esta pergunta nos renderia folhas e folhas de uma dissertação, levando até ao desenvolvimento de uma filosofia. Como afirma Aristóteles: devemos encontrar o meio termo virtuoso e mais, como afirma Aristóteles, o homem é um ser em potência, devir. Neste sentido, onde está a perfeição? Isto seria relativo se fossemos pensar que a perfeição é para cada ser algo inerente a sua vida tem a ver com os seus propósitos, ou seja, será que há realmente a perfectibilidade absoluta? Se há talvez a encontremos em algo sublime, talvez a arte, cuja explicitação só ocorre no momento da contemplação, da experiência estética, mas isto é um ponto de vista. Se há perfeição ela deve ser encontrada dentro de cada um de nós de maneira sadia. A perfectibilidade pode nos levar a mundos obscuros, onde nem nós mesmos sabíamos que existia. Se há perfeição? Bem, não podemos responder! Se há perfeição...

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